procurar memórias que pousam,
descobrir quais se deslocam,

incorporá-las no corpo: as que ficam presas na moldura da porta, e as que chegam de longe.

observar as memórias-ruínas, as que nascem outra vez, as que se inventam:
leves, ásperas, cortadas,
lentas, cuidadas,

as ausentes que precisam de encontrar a sua célula,
deitá-las, e passear sobre elas,
adormecidas.

arejando as suas sombras.


Fotografia: Nuno Vicente

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